PERIGO ! Crianças têm sido muito expostas a Raios X

A preocupação em reduzir a exposição dos pacientes, em especial as crianças, à radiação ionizante de exames de tomografia e Raios X levou o Colégio Americano de Radiologia e a Sociedade Americana de Pediatria a desenvolver uma campanha mundial de conscientização. O objetivo é controlar o uso de exames com radiação ionizante em crianças, principalmente a tomografia que utiliza Raios X.
Em Aracaju, o radiologista Osmário Dantas é um dos difusores da campanha, chamada ‘Image Gently’, e faz o alerta aos médicos da área e a toda a população: “O que queremos é alertar cada vez mais a população e os médicos em geral, não só os pediatras como também os que trabalham com imagem, para só executar o exame que tenha radiação quando realmente for necessário, com controle também somente quando necessário e com espaços de tempo adequados”.
De acordo com o médico, desta maneira serão evitados exames desnecessários e estimulados exames alternativos, como o ultrassom ou a ressonância magnética. “Existem doenças, como a fibrose cística, que requer controle quase que duas vezes por ano. Apesar de ser um método mais caro, hoje em dia tem sido feitos protocolos para tentar fazer a ressonância, método sem radiação ionizante, que é o prejudicial à saúde da criança”, explica Dr. Osmário.
Neste contexto, a campanha visa prover imagem segura e de alta qualidade na população pediátrica. Pois, segundo o radiologista, a comunidade radiológica precisa ser alertada para os efeitos da radiação sobre a saúde das crianças submetidas a exames de diagnóstico por imagem. “Atualmente, com o desenvolvimento dos tomógrafos, seu uso tem sido mais constante. E o perigo está em que a radiação numa criança é de quatro a dez vezes mais perigosa do que numa pessoa adulta de desenvolver no futuro um câncer, por exemplo”.
Por isso, a campanha tem promovido estratégias de exames para crianças, como usar a imagem apenas quando há um benefício médico determinado; usar a menor quantidade de radiação para uma imagem adequada, baseada no tamanho da criança; estudar somente a área de interesse; evitar múltiplos exames radiológicos; usar métodos diagnósticos alternativos, ou seja, quando uma criança for fazer um determinado exame o ultrassom é muito mais eficaz, além de ser isento de radiação do que um raio x.
Sensibilidade infantil
Doutor Osmário ressalta que quanto mais novo o indivíduo, maior o perigo da radiação. “O que nos chama a atenção para o excesso de radiação são os casos em que possam ser utilizadas outras alternativas e os casos de controles desnecessários. Cito o exemplo dos Estados Unidos que nos últimos cinco anos triplicou o número de exames realizados”, comentou.
O especialista frisa o fato de as crianças serem mais sensíveis à radiação que os adultos e que a exposição cumulativa provavelmente causará efeitos adversos. “A quantidade de radiação fica estocada no corpo do paciente e a depender da sensibilidade das células do indivíduo os efeitos adversos serão maiores ou menores".
O curioso é que estudos mostram que muitos profissionais que realizam estes exames podem não estar atentos a isso”, comentou, lembrando que protocolos e pesquisas recentes podem auxiliar os profissionais da área a determinar qual a técnica de radiação apropriada em imagem pediátrica se deve usar e como a radiação emitida por esses exames podem afetar os pequenos pacientes a longo prazo.
Por isso , alertamos desde já toda a área médica que atende ao público infantil para que: “evitem ao máximo requisitarem exames de Raios X ou Tomografia em crianças !” . Fazendo isto , certamente ,iremos reduzir e muito a incidência de pacientes cancerosos para o futuro e , toda a humanidade ficará agradecida.