Corrente mAs:
É responsável pela corrente do aparelho. A corrente mAs: Fator radiográfico que representa a quantidade de raios-x, sendo também responsável pelos contrastes fortes (PRETO e BRANCO). Essa quantidade depende do Tempo usado, pois o aumento de um pode ser compensado com a diminuição do outro, daí o termo mAs (mA x tempo). O mA depende do aquecimento fornecido ao CATÓDIO (-), pois quanto maior for o aquecimento, maior será a quantidade de elétrons flutuando sobre o catódio, ou seja, maior será a nuvem eletrônica que será projetada para a superfície do ANÓDIO, produzindo assim maior quantidade de raios-x. A corrente não é calculada e sim calibrada na mesa de comando.
Tensão KV:
É a medida de energia, medida em quilovolts. A tensão (kV): Fator radiográfico que representa a qualidade dos raios-x, sendo também responsável pelo poder de penetração dos raios-x e pelos contrastes intermediários entre o PRETO e o BRANCO (tons de Cinza). OBS: Quanto mais kV empregado, maior será o poder de penetração, ou seja, nos exames de maior espessura a radiação secundária produzida é proporcional a quilovoltagem empregada.
Produção de Foco Fino e Foco Grosso:
É feita a partir de um circuito de baixa voltagem, gerador de tensão, que provê a corrente para o filamento; Este é aquecido até 280ºC, fazendo com que aumente a velocidade dos elétrons e, conseqüentemente, escapem de suas órbitas, transformando-os numa nuvem de elétrons livres; a partir daí, são montados 2 filamentos de tamanhos diferentes: O foco grosso (para baixas definições - osso) e o foco fino (para altas resoluções - órgão e tecidos moles em geral).
Goniômetro:
É um aparelho que tem a função de encontrar os graus, em ângulos, para o exame radiológico.
Espessômetro:
É uma peça que tem a função de determinar a quantidade de KV a ser utilizada num exame radiológico.
Vidro Pirex:
Resiste a altas temperaturas, sua composição = 67% de SiC (silício e carbono) e 23% B2O3 (belírio e oxigênio). A ampola tem, ainda, uma janela feita de Belírio.
Origem dos Raios X:
Os raios X se originam no foco anódico e se projetam em todas as direções. A radiação que sai do cabeçote espalha-se por áreas.
Possíveis Falhas no Tubo de Raios X:
- Temperaturas muito altas acarretam em perfurações no anodo;
- Elevadas exposições acarretam inutilização do anodo.
Efeito Anódio:
Consiste na maior concentração de energia no lado do catodo. Como conseqüência, a intensidade dos raios X é menor no lado catódico, em relação ao lado anódico. É também chamado de efeito talão.
Procedimento para Aumentar a Capacidade Técnica de um Exame Radiológico:
- colimação precisa na região radiografada;
- aumento do KV para exames no Bucky;
- Manutenção do mAs para não exposição do paciente.
Inclinação da Borda do Anodo:
Sua utilidade é a geração do efeito anódio.
Finalidade do Isolamento do Cabeçote:
Garantia de uma maior vida útil da ampola, além da proteção do técnico de radiologia dos efeitos da radiação.
Vantagem do Isolamento do Cabeçote:
Sendo o óleo um isolante térmico que fica na parte externa do tubo de Raios X, há uma quebra de estabilidade da corrente e o conseqüente resfriamento do tubo, prolongando sua vida útil.
Gerador de Raios X:
O gerador de raios X fornece energia elétrica para o tubo de Raios X e permite a seleção de:
- mA = energia de raios X;
- KVp = quantidade de raios X;
- mAs = tempo de exposição.
Produção de Raios X:
São produzidos quando os elétrons acelerados interagem com a matéria. Assim, uma porção de energia cinética dos elétrons é convertida em radiação eletromagnética.
Efeito Edison:
É o aquecimento que causa a emissão de um elétron. Este aquecimento é que causa a precipitação dos elétrons e os fazem saltar de suas órbitas.
Interação dos Elétrons e da Matéria:
Eles interagem com o alvo através de uma porção de energia cinética dos elétrons, que é convertida em energia eletromagnética.
Efeito Forest:
É a aceleração dos elétrons pela grande potência do catodo (pólo negativo) para o anodo (pólo positivo).
Relação entre Ponto Focal e Capacidade de Carga do Gerador:
A seleção da força do ponto focal e a capacidade de carga do gerador de Raios X devem ser igualadas com as necessidades clínicas da imagem.
Transformador:
É um aparelho empregado para transferir a corrente elétrica e gerar uma alta voltagem contínua. Ele opera apenas com correntes elétricas e em forma de ondas para ambos os lados. Sua função é gerar uma alta voltagem contínua.
Classificação dos Transformadores:
- elevadores = têm rolamentos na bobina secundária e aumentam a voltagem de saída.
- isoladores = têm o mesmo número de rolamentos nas bobinas primária e secundária.
- redutores = têm uma proporção maior em rolamentos nas bobinas e têm a função de reduzir a voltagem de saída.
Radiação Dispersa:
É o mesmo que radiação secundária, formada pelos raios que não atravessam o objeto radiografado.
Formação da Imagem Radiológica:
Quando os raios X se chocam contra o objeto, alguns atravessam e outros são absorvidos. Os raios que atravessam irão formar a imagem radiológica.
Existem 2 formas de interação. Ora depositam sua energia no material radiografado; ora atravessam o objeto a ser examinado.
Raios Primários:
São aqueles que atravessam o objeto radiografado e vão formar a imagem radiológica.
Raios Secundários:
São aqueles que não atravessam o objeto radiografado.
Fonte de Radiação Dispersa:
A principal fonte de radiação dispersa é a parte do paciente que se irradia, pois se relaciona diretamente com o volume da matéria irradiada.
Redução da Radiação Dispersa:
Pode-se reduzir a radiação dispersa através do limite do feixe primário, que deve estar no limite (tamanho e forma) da área de interesse a ser diagnosticada.
Spott Filme:
Abrange uma área pequena, na qual o técnico irá demarcar uma parte precisa a ser trabalhada. Sua função é radiografar uma área pequena em relação ao exame solicitado, ou seja, especificar ao máximo a área do exame.
Diafragma de Abertura:
Consiste em lâminas de chumbo com aberturas circulares ou retangulares colocadas perto da janela do tubo.
Desenfoque da Grade:
Consiste no posicionamento onde o ponto focal do tubo coincida com o ponto focal da grade; e que seu raio central atravesse o centro da grade perpendicularmente.
Potter Bucky:
É a bandeja que dissipa a radiação secundária. Ela é usada para aumentar a radiação primária emitida pela fonte.
Índice ou Razão de Grade:
É a relação entre a altura das tiras de chumbo e a largura dos espaçadores.
Grades:
São dispositivos compostos de tiras alternadas de chumbo, envolvidas em capas protetoras, que absorvem a radiação dispersa. No uso de uma grade, os itens a serem observados são: ampola, grade, paciente, distância, velocidade, movimento.
Grade Focada:
Consiste em tiras progressivamente anguladas.
Grade Paralela:
Consiste em tiras e grade paralela e enfocada.
Fator de Grade:
É a relação entre a altura da lâmina e a distância entre elas.
Material Espaçador:
É um material que pode ser feito de fibra ou de alumínio para uma baixa absorção de raios X. Os espaçadores transparentes permitem a passagem da maioria dos raios X primários até o filme.
Os Raios X e a Radiação Secundária:
Quando os raios X incidem sobre um objeto, a radiação secundária é maior quanto maior for a densidade do corpo atravessado.
FORMAÇÃO DE IMAGEM
Os raios X, assim como a luz visível, irradiam de fontes em linhas retas em todas as direções até que são detidos por um absorvente. Por este motivo, o tubo de raio-x está situado em um alojamento de metal que detém a maioria da radiação X. Somente uma pequena quantidade de raios úteis saem do tubo através de uma janela ou abertura. Estes raios úteis constituem o feixe primário. O centro geométrico do feixe primário é chamado de raio central. Na maioria dos equipamentos de raio X usados em medicina, a quilovoltagem pode ser variada dentro de um amplo - comumente entre 40 Kv a 125 Kv ou mais. Quando as baixas quilovoltagens são usadas, os raios x têm maiores comprimento de ondas (baixa energia) e são facilmente absolvidos. Estes são algumas vezes referidos como raios X "suaves". As radiações produzidas em alta quilovoltagem têm maior energia e menor comprimento de onda. Esta radiação mais penetrante é algumas vezes chamada de radiação "dura". Feixes de raio X usados em radiografia médica são heterogêneos porque eles consistem de radiação de diferentes comprimentos de ondas e poderes de penetração.
ABSORÇÃO DE RAIOS X
FATORES QUE AFETAM A ABSORÇÃO DE RAIOS X
Espessura do corpo - A relação entre a absorção de raio X e a espessura é intuitivamente óbvia: um pedação de material grosso absorve mais radiação X do que um pedaço fino do mesmo material. Por exemplo, seis polegadas de água absorvem mais raios X do que uma polegada.
Número Atômico do Corpo - O número atômico do material que compõe o corpo também afeta as características de absorção de raio X. Por exemplo, uma folha de alumínio que contém um número atômico menor do que o chumbo, absorve uma quantidade menor de raios X do que uma folha de chumbo com a mesma área e peso. É por isso que se usa o chumbo em vez de alumínio como alojamento do tubo e também como um revestimento para as paredes das salas de raio X, assim como em luvas e aventais protetores. A absorção depende do número atômico de maneira um tanto complicada que está relacionada com a energia da radiação X incidente. Assim, de duas substâncias que contêm um número atômico próximo, uma pode ser mais absorvente do a outra para raios X de determinadas energias. Entretanto, a situação pode se reverter para raios X de energias diferentes. Estas relações entre o número atômico e a energia dos raios X são fatores que entram na seleção de fósforo para ecrans intensificadores fluorescente.
Kilovoltagem - Raios X produzidos a baixas kilovoltagens, isto é, aqueles com grande comprimento de onda - são facilmente absorvidos. Raios X de alta energia ou kilovoltagem, com curto comprimento de onda, penetram materiais com mais facilidade.
Filtragem - Filtragem é a maneira preferida de se remover quanta (fótons) de baixa energia do feixe de raios X através de um absorvente (filtro). Denomina-se filtragem inerente aquela que é feita com elementos tais como a parede de vidro do tubo de raios X e pelo óleo isolante ao redor do tubo. Chama-se filtragem adicional, o filtro que consiste de uma folha de metal inserida dentro do feixe de raios X (normalmente alumínio no caso de radiografia médica). A filtragem total do feixe (inerente mais a adicionada) é muitas vezes especificada em termos de espessura de alumínio o qual produz a mesma absorção e é denominado de alumínio equivalente ou espessura equivalente. O feixe de raios X é composto de fótons de diferentes energias e poderes de penetração. Quando um filtro é colocado dentro de um feixe, ele elimina mais fótons de baixa energia e menos penetrantes do que os fótons de alta energia. Assim pode-se dizer que os filtros endurece o feixe de raio X, aumentando a proporção de quanta de alta energia e dando maior poder de penetração ao feixe. Mesmo em instalações de alta kilovoltagem, o feixe contém sempre alguns raios X de baixo poder de penetração, mais é pouco provável que estes raios X de baixa energia passaram pelo corpo do paciente e formarão uma imagem útil. A maioria deles irão somente adicionar-se à dose absorvida pelo paciente. Desta forma, é desejado e obrigatório pelas leis federais que certas quantias de filtragem sejam colocadas no feixe para eliminar estes raios inúteis. A quantidade de filtragem necessária depende da kilovoltagem usada. A filtragem pode ser especificada em termos de equivalente de alumínio (a espessura do alumínio que produziria a mesma ação de filtragem) ou em termos de camadas de meio de valor (CMV) - quer dizer, a espessura do material necessários para reduzir a intensidade do feixe pela metade do seu valor original. As agências federais , e estaduais de regulamentos e os fabricantes de equipamentos podem fornecer maiores informações a respeito dos requerimentos de filtragem.
ABSORÇÃO DIFERENCIAL NO CORPO HUMANO
CONTRASTE DO SUJEITO
FATORES DE EXPOSIÇÃO QUE AFETAM A IMAGEM AÉREA
Miliamperagem - Aumentando-se a miliamperagem aumenta-se a intensidade de raios X, e diminuindo a miliamperagem diminui-se a intensidade de raios X. Desta forma, conforme a miliamperagem ou a intensidade da radiação X do ponto focal aumenta, todas as intensidades correspondentes ao padrão que emergem do corpo também aumentam, isto é, as diversas intensidades de raios X continuam a manter a mesma relação entre si. Por exemplo, consideraremos que no inicio são medidas três unidades de intensidade de raios X sob a carne, e somente uma unidade emerge sob o osso. Depois consideraremos que a miliamperagem que flui através do tubo de raios X seja dobrada, resultando em uma duplicidade da produção do raio X. Isto por sua vez dobra as intensidades que emergem da carne somente em seus unidades e sob o osso em duas unidades, mantendo uma relação de 3:1 em contraste do sujeito, a mesma que antes da miliamperagem ter sido dobrada. Em outras palavras a intensidade sob a carne somente vai ser sempre três vezes maior do que a sob o osso, não importa se a miliamperagem seja aumentada ou diminuida, permanecendo os demais fatores.
Kilovoltagem e Forma de Onda da Voltagem - Previamente foi demonstrado que por causa das diferenças na forma de onda da voltagem, o efeito da mudança de um gerador monofásico a um trifásico é a mesma que um aumento na kilovoltagem e vice-versa. Desta forma, o efeito nas mudanças de forma de onda no contraste do sujeito e na intensidade, energia e poder de penetração dos raios X é similar às mudanças em kilovoltagem tratadas a seguir. Uma mudança na kilovoltagem causa diversos efeitos. Em primeiro lugar, uma mudança na kilovoltagem resulta em uma mudança no poder de penetração dos raios X, e a intensidade total do feixe também é modificada. Esta mudança na intensidade ocorre mesmo que a corrente do tubo não seja alterada. Além do mais, mudando-se a kilovoltagem, muda-se também o contraste do sujeito. Quanto a kilovoltagem é incremetada produz-se radiação com menor comprimento de onda e raios X mais penetrantes são produzidos. (O poder de penetração de feixe aumenta). Também, todos os comprimentos de onda presentes no feixe de baixa kilovoltagem estão presentes na alta kilovoltagem e em intensidade muito maior (a intensidade total do feixe aumenta). Resumo - Com o propósito de revisar os fatores de exposição que afetam a imagem aérea, deve-se lembrar os seguintes pontos:
1. A intensidade da imagem aérea é afetada por quatro fatores : miliamperagem, distância, kilovoltagem e forma de onda.
2. Quando a miliamperagem ou distância é usada como um fator de controle de intensidade, o contraste do sujeito não é afetado.
EFEITO DE TALÃO (efeito anódico)
Filtros de Espessura Variável - Deve-se mencionar um outro método de se obter densidades equilibradas em radiografia: o uso de filtros de espessura variável. Se colocar-mos um filtro cuneiforme ou afilado dentro do feixe de raios X, ele produzirá uma maior redução na intensidade sob a extremidade grossa do que sob a extremidade fina. Esta mudança na distribuição de intensidade pode ser usada para obter densidades equilibradas em radiografias de estruturas anatômicas as quais variam em espessura, tais como o pé ou o peito. Isto se obtém através da orientação adequada do filtro com respeito à estrutura.
Geometria da Formação de Imagem - O objetivo de uma radiografia é o de obter imagens as mais exatas quanto possível. Os dois fatores que afetam esta nitidez são o grau de borrosidade e o tamanho da imagem.
Distorção - Se o ponto focal não estiver verticalmente acima do objeto, ele produzirá uma amplificação da imagem, mas a sombra continuará sendo circular. Os objetos circulares aparecem como sombras circulares. Se eles não forem paralelos, a sombra será distorcida. A distorção e a amplificação podem muitas vezes serem úteis quando elas tornam fáceis examinar estruturas que de outra maneira seriam obscuras. Em radiografia, não somente a sombra da ponta de um objeto, mas todas as sombras das suas estruturas estão envolvidas porque os raios X penetram o objeto. Os mesmos princípios se aplicam tanto para as sombras de estruturas internas como para as bordas. Por exemplo, se uma destas estruturas internas estiver mais afastada do plano receptor de imagem do que uma outra, a estrutura que estiver mais afastada será menos nítida e mais amplificada. Esta informação pode ser útil no estabelecimento da posição de uma lesão. Resumo - Esta discussão sobre a geometria da formação da imagem pode ser resumida em cinco regras para a exata formação da imagem, como se segue:
Movimento - O movimento, tanto das estruturas sendo radiografadas quanto do equipamento de explosição, podem causar severa borrosidade da imagem. Quanto possível, a parte que está sendo examinada deve ser imobilizada. O tempo de exposição também dever ser o mais curto possível de maneira a diminuir a borrosidade causada pelo movimento.
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